12/12/2013
10/12/2013
Ele largou tudo para viajar o mundo em uma Kombi
Publicado no portal Extremos (http://migre.me/gXvwd) em 10/12/2013. Texto: Carina Mazarotto - Fonte: Bufalos
A Kombi vem rodando firme e forte, e deixou o americano parado poucas vezes. Para resolver qualquer tipo de problema mecânico, Panton conta com ajuda de amigos e de manuais de “sobrevivência”, como o livro “How to keep your Volkswagen alive” (Como manter seu VW vivo). “Tive algumas dificuldades nas praias, já que não é um veículo 4x4”, disse.
Há três anos, Dave ainda utiliza o dinheiro que tinha guardado na poupança. Mas diz que faz suas economias, compra coisas usadas e, na maioria das vezes, dorme dentro de sua Kombi para não gastar com as despesas de hotel. Também faz “bicos” nos países que passa. Já trabalhou de instrutor de mergulho em Honduras, foi artista de rua com uma banda em Cartagena, na Colômbia, e já utilizou sua Kombi para vender comida e bebida. “Eu sei que quando eu ficar sem dinheiro, em breve, vou ser pobre e não vou ter nada, mas esse sentimento é um pouco libertador. Sei que há pessoas em situação pior, que não têm nada. Tenho sorte”.
Assim que chegou ao Brasil, há uma semana, encontrou a comunidade do Sampa Kombi Clube nas redes sociais e soube do evento de despedida da Kombi, que reuniu mais de 100 Kombis no último domingo, no estacionamento da fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP). Panton foi até lá, virou atração, e não perdeu tempo: colocou um “anúncio” em papel sulfite pedindo a ajuda para encontrar peças (como é um modelo alemão, talvez ele não se dê tão bem assim).
Nesses três anos de viagem, Panton já perdeu as contas de quantos lugares que já conheceu. Passou por México, Belize, Colômbia, Bolívia, Peru, Chile, morou seis meses na Argentina e agora vai ficar mais seis meses no Brasil. No ano que vem, seu objetivo é colocar sua Kombi em um navio e viajar com ela para a Europa. Lá, vai estudar arquitetura naval na Inglaterra, com benefício da marinha norte-americana.
Dave Panton, 32 anos, trabalhou durante 11 anos na marinha
norte-americana. Era bem remunerado, tinha diversos benefícios e morava
em San Diego, na Califórnia, uma das mais belas cidades da costa oeste
dos Estados Unidos. Mas, em 2011, decidiu largar tudo para viver uma
grande aventura a bordo de uma Kombi.
Dave na despedida da Kombi na fabrica da Volkswagen Foto: Guilber Hidaka/Bufalos |
“Percebi que, como oficial, não estava
vivendo a aventura que tanto sonhava. Era mais como um trabalho de
escritório, como um gerente de nível médio”, contou Panton, que chegou
ao Brasil há uma semana. “Eu também fiquei decepcionado com a crise, em
2008. Aquela história do sonho americano que meus pais tiveram não é
mais para a minha geração”, explica o aventureiro, há três anos na
estrada.
Sua ideia inicial era partir para a aventura
em alto mar. Mas depois de ficar na mão com seu primeiro veleiro, no
México, Panton desistiu. E com o dinheiro do seguro do barco, resolveu
comprar uma Kombi alemã 1972 no eBay, por US$ 5 mil (cerca de R$ 11,5
mil), em novembro de 2010. “Por coincidência, meu vizinho de San Diego
tinha viajado o mundo em sua Kombi, em 1975. Eu tinha lido uma
reportagem sobre sua aventura, e aquilo ficou na minha cabeça. Quando
perdi meu barco, pensei que seria um jeito mais simples de viajar do que
o veleiro”, conta.
A Kombi vem rodando firme e forte, e deixou o americano parado poucas vezes. Para resolver qualquer tipo de problema mecânico, Panton conta com ajuda de amigos e de manuais de “sobrevivência”, como o livro “How to keep your Volkswagen alive” (Como manter seu VW vivo). “Tive algumas dificuldades nas praias, já que não é um veículo 4x4”, disse.
Há três anos, Dave ainda utiliza o dinheiro que tinha guardado na poupança. Mas diz que faz suas economias, compra coisas usadas e, na maioria das vezes, dorme dentro de sua Kombi para não gastar com as despesas de hotel. Também faz “bicos” nos países que passa. Já trabalhou de instrutor de mergulho em Honduras, foi artista de rua com uma banda em Cartagena, na Colômbia, e já utilizou sua Kombi para vender comida e bebida. “Eu sei que quando eu ficar sem dinheiro, em breve, vou ser pobre e não vou ter nada, mas esse sentimento é um pouco libertador. Sei que há pessoas em situação pior, que não têm nada. Tenho sorte”.
Assim que chegou ao Brasil, há uma semana, encontrou a comunidade do Sampa Kombi Clube nas redes sociais e soube do evento de despedida da Kombi, que reuniu mais de 100 Kombis no último domingo, no estacionamento da fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP). Panton foi até lá, virou atração, e não perdeu tempo: colocou um “anúncio” em papel sulfite pedindo a ajuda para encontrar peças (como é um modelo alemão, talvez ele não se dê tão bem assim).
Nesses três anos de viagem, Panton já perdeu as contas de quantos lugares que já conheceu. Passou por México, Belize, Colômbia, Bolívia, Peru, Chile, morou seis meses na Argentina e agora vai ficar mais seis meses no Brasil. No ano que vem, seu objetivo é colocar sua Kombi em um navio e viajar com ela para a Europa. Lá, vai estudar arquitetura naval na Inglaterra, com benefício da marinha norte-americana.
20/11/2013
Cinco sinais de que seu estilo de liderança está ultrapassado
Por: ADMVITAL (Publicado em http://admvital.com/blog de 18/11/2014)
Se você fosse definir em uma palavra sua forma de
liderar, qual seria ela? Controlador? Transparente? Colaborativo? Não sabe?
Então, vamos mudar as perguntas. Tem conseguido engajar e inspirar sua equipe? Sente que as pessoas gostam de você, se atraem pela sua presença? Fez uma revisão em seu estilo de trabalhar nos últimos anos ou meses? Cursos, livros ou simplesmente a observação do mercado e do ambiente da empresa o levaram a mudar algumas atitudes?
Essas questões são importantes para lembrá-lo de que liderar é um movimento contínuo – e não uma atitude estática. Mas muitos líderes simplesmente param no tempo com suas fórmulas estabelecidas, que às vezes até deram certo em determinados momentos, mas podem já não funcionar anos ou décadas mais tarde.
A equipe muda, a companhia muda, o mercado muda, mas ele continua a seguir os mesmos passos, sem se dar conta de que os resultados já não são os mesmos.
Para saber se este é o seu caso – antes que seja tarde demais – a revista Forbes listou cinco sinais, que servem como alertas para os líderes avaliarem a própria gestão.
1. Você toma decisões ruins.
Considere que suas decisões são ruins quando sua equipe começa a questioná-las constantemente. Será que você não está desatento às novas ferramentas e formas de fazer negócio na sua área?
Talvez sua capacidade de observação esteja abalada. E, quando isso acontece, é fácil começar a tomar decisões com impacto de curto prazo, o que não necessariamente será bom para a organização. Isso resulta em uma execução abaixo do esperado, falta de foco estratégico, decisões erradas e má utilização de talentos e recursos.
Quando a carreira do líder cresce em descompasso com a empresa também é sinal de que as decisões não estão motivadas pelo propósito correto, que deveria ser positivo para o todo.
2. Tornar-se complacente.
Se o seu entusiasmo para fazer o melhor, correr riscos, se aventurar no desconhecido está se perdendo, é um sintoma de que seu estilo de liderança começa a se tornar ineficiente.
Muitos líderes perdem sua gana, a paixão que os motivava no início da carreira à medida que crescem no organograma. O problema é que, quando isso acontece, os gestores tendem a se tornar também negligentes, menos preocupados com os detalhes, com o efeito de suas decisões sobre as pessoas e a empresa.
Exemplo: um sinal de que é hora de rever seu estilo de liderança é quando você para de chamar para a si a responsabilidade por fazer a engrenagem funcionar apesar dos obstáculos, e passa a justificar suas falhas com a excessiva burocracia da empresa.
3. Só preocupar-se com o próprio sucesso.
Em geral, as pessoas não gostam de ficar em volta de líderes que demonstram só estar preocupados consigo mesmos. Se os integrantes de sua equipe não assumem mais o papel de seus “seguidores”, este é um sinal de que você não anda tão inspirador.
Se a postura do líder deixa claro que sua visão de longo prazo só tem alcance para sua própria carreira e o apoio ao desenvolvimento dos outros profissionais soa menos importante, isso fica claro para todos, mesmo que o discurso seja o contrário. É desmotivante. E perigoso. Porque, com esse tipo de impacto sobre os funcionários, a produtividade pode estar comprometida e, com isso, mais cedo ou mais tarde, a posição do gestor também tende a ficar na corda bamba.
4. Não atrair as pessoas.
Se você é um gestor, o fato de os outros gostarem de você é importante. Simpatia é um dos maiores fatores de sucesso de um líder. Independentemente do jeito de cada um, grandes líderes têm em comum o fato de serem acessíveis e transmitirem confiança aos subordinados.
Se você sente que os integrantes do seu time se irritam com sua presença – em vez de se animarem com ela –, é hora de rever sua forma de conduzir o grupo.
5. Parar de se reinventar.
Se você tem medo de mudança, provavelmente também tem dificuldade de rever seus comportamentos. E se você não sabe como se reinventar de acordo com as novas demandas, provavelmente será um líder de vida curta.
Saber quando se reinventar é outro fator fundamental de um bom gestor. Exige humildade para perceber quando as mesmas ações já não geram os mesmos resultados positivos. Muitas vezes, os sinais de que precisa mudar não são tão óbvios quanto o resultado financeiro. Pode ser apenas a antipatia do grupo ou outro dos itens citados acima.
Mas, se não sacar os alertas rapidamente e procurar maneiras de agir diferente, é provável que isso acabe recaindo sobre os resultados.
Afinal, se o gestor não consegue rever o próprio estilo, é difícil que consiga fazer isso com a organização, com sua equipe e até com as estratégias de negócio. Em outras palavras: é difícil que seja um líder.
E aí, seu estilo de liderança está ultrapassado?
Fonte: Época Negócios: http://admvital.tk/1bGZzRi
Então, vamos mudar as perguntas. Tem conseguido engajar e inspirar sua equipe? Sente que as pessoas gostam de você, se atraem pela sua presença? Fez uma revisão em seu estilo de trabalhar nos últimos anos ou meses? Cursos, livros ou simplesmente a observação do mercado e do ambiente da empresa o levaram a mudar algumas atitudes?
Essas questões são importantes para lembrá-lo de que liderar é um movimento contínuo – e não uma atitude estática. Mas muitos líderes simplesmente param no tempo com suas fórmulas estabelecidas, que às vezes até deram certo em determinados momentos, mas podem já não funcionar anos ou décadas mais tarde.
A equipe muda, a companhia muda, o mercado muda, mas ele continua a seguir os mesmos passos, sem se dar conta de que os resultados já não são os mesmos.
Para saber se este é o seu caso – antes que seja tarde demais – a revista Forbes listou cinco sinais, que servem como alertas para os líderes avaliarem a própria gestão.
1. Você toma decisões ruins.
Considere que suas decisões são ruins quando sua equipe começa a questioná-las constantemente. Será que você não está desatento às novas ferramentas e formas de fazer negócio na sua área?
Talvez sua capacidade de observação esteja abalada. E, quando isso acontece, é fácil começar a tomar decisões com impacto de curto prazo, o que não necessariamente será bom para a organização. Isso resulta em uma execução abaixo do esperado, falta de foco estratégico, decisões erradas e má utilização de talentos e recursos.
Quando a carreira do líder cresce em descompasso com a empresa também é sinal de que as decisões não estão motivadas pelo propósito correto, que deveria ser positivo para o todo.
2. Tornar-se complacente.
Se o seu entusiasmo para fazer o melhor, correr riscos, se aventurar no desconhecido está se perdendo, é um sintoma de que seu estilo de liderança começa a se tornar ineficiente.
Muitos líderes perdem sua gana, a paixão que os motivava no início da carreira à medida que crescem no organograma. O problema é que, quando isso acontece, os gestores tendem a se tornar também negligentes, menos preocupados com os detalhes, com o efeito de suas decisões sobre as pessoas e a empresa.
Exemplo: um sinal de que é hora de rever seu estilo de liderança é quando você para de chamar para a si a responsabilidade por fazer a engrenagem funcionar apesar dos obstáculos, e passa a justificar suas falhas com a excessiva burocracia da empresa.
3. Só preocupar-se com o próprio sucesso.
Em geral, as pessoas não gostam de ficar em volta de líderes que demonstram só estar preocupados consigo mesmos. Se os integrantes de sua equipe não assumem mais o papel de seus “seguidores”, este é um sinal de que você não anda tão inspirador.
Se a postura do líder deixa claro que sua visão de longo prazo só tem alcance para sua própria carreira e o apoio ao desenvolvimento dos outros profissionais soa menos importante, isso fica claro para todos, mesmo que o discurso seja o contrário. É desmotivante. E perigoso. Porque, com esse tipo de impacto sobre os funcionários, a produtividade pode estar comprometida e, com isso, mais cedo ou mais tarde, a posição do gestor também tende a ficar na corda bamba.
4. Não atrair as pessoas.
Se você é um gestor, o fato de os outros gostarem de você é importante. Simpatia é um dos maiores fatores de sucesso de um líder. Independentemente do jeito de cada um, grandes líderes têm em comum o fato de serem acessíveis e transmitirem confiança aos subordinados.
Se você sente que os integrantes do seu time se irritam com sua presença – em vez de se animarem com ela –, é hora de rever sua forma de conduzir o grupo.
5. Parar de se reinventar.
Se você tem medo de mudança, provavelmente também tem dificuldade de rever seus comportamentos. E se você não sabe como se reinventar de acordo com as novas demandas, provavelmente será um líder de vida curta.
Saber quando se reinventar é outro fator fundamental de um bom gestor. Exige humildade para perceber quando as mesmas ações já não geram os mesmos resultados positivos. Muitas vezes, os sinais de que precisa mudar não são tão óbvios quanto o resultado financeiro. Pode ser apenas a antipatia do grupo ou outro dos itens citados acima.
Mas, se não sacar os alertas rapidamente e procurar maneiras de agir diferente, é provável que isso acabe recaindo sobre os resultados.
Afinal, se o gestor não consegue rever o próprio estilo, é difícil que consiga fazer isso com a organização, com sua equipe e até com as estratégias de negócio. Em outras palavras: é difícil que seja um líder.
E aí, seu estilo de liderança está ultrapassado?
Fonte: Época Negócios: http://admvital.tk/1bGZzRi
28/10/2013
Morre Lou Reed, aos 71 anos
Lou Reed foi um destes mágicos do rock que me impressionaram e sacudiram minha adolescência. Nascido no Brooklyn, New York, em 02/03/1942, foi compositor, poeta, cantor e guitarrista. Seu trabalho foi transversal em várias expressões da arte, influenciando na música, na poesia e no teatro. Considerado o grande revolucionário e mentor da música alternativa, foi o poeta maldito das esquinas e do submundo de New York. Como articulador da banda The Velvet Underground influenciou Iggy Pop, New Yor Dolls e David Bowie, contaminando – com seu estilo rebelde e irreverente, toda a cena póspunk inglesa. Sua vida era o caos que sua arte expressava e – adiante do seu tempo, Lou Reed declarou-se bissexual e viveu com um travesti, defendeu movimentos de liberação sexual – como o sadomasoquismo quando namorou uma dominatrix nova-iorquina, descoloriu o cabelo, abusou do álcool e das drogas, foi hippie e punk. Desde a adolescência era diferente dos outros garotos e, por ser consumidor de heroína foi internado por seus pais numa clínica para tratamento – da heroína e da bissexualidade, imagine! Era admirador de Edgar Allan Poe e Raymond Chandler, além de James Joyce, a quem faz referências em The Blue Mask. Juntamente com o The Velvet Undergroud, vai participar de um dos mais extravagantes e vanguardistas movimentos pop dos anos 60 e 70, integrando a Factory, idealização de Andy Warhol. Bem, Lou Reed morreu ontem, aos 71 anos, mas deixa um legado extraordinário não só para a música, mas para as artes e para a inovação. Quem acredita na criatividade e na capacidade humana de se reinventar de forma constante, aprecia a obra deste cara. A melhor matéria que li a respeito de Lou Reed saiu hoje no G1 - http://migre.me/gr3hD.
Discografia
1. Com o The Velvet Underground
- The Velvet Underground and Nico (1967)
- White Light / White HeT (1968)
- The Velvet Underground (1969)
- Loaded (1970)
- Live at Max's Kansas City (1972, gravado em 1970)
- 1969: The Velvet Underground Live (1974, gravado em 1969)
- VU (1985, gravado entre 1968-1969)
- Another View (1986, gravado entre 1967-1969)
- Live MCMXCIII (1993)
- Peel Slowly and See (boxset de 1995 box set, gravado entre 1965-1970)
- Bootleg Series Volume 1: The Quine Tapes (2001, gravado ao vivo em 1969)
- The Very Best of the Velvet Underground (2003, gravado entre 1966-1970)
2. Solo
Álbuns de estúdio
- Lou Reed (1972)
- Transformer (1972)
- Berlin (1973)
- Sally Can't Dance (1974)
- Metal Machine Music (1975)
- Coney Island Baby (1976)
- Rock 'n' Roll Heart (1976)
- Street Hassle (1978)
- The Bells (1979)
- Growing Up in Public (1980)
- The Blue Mask (19782)
- Legendary Hearts (1983)
- New Sensations (1984)
- Mistrial (1986)
- New York (1989)
- Magic and Loss (1992)
- Set the Twilight Reeling (1996)
- Ecstacy (2000)
- The Raven (2003)
- Rock 'n' Roll Animal (1974)
- Lou Reed Live (1975)
- Live: Take No Prisoners (1978)
- Live in Italy (1984)
- Live in Concert (1997)
- Perfect Night: Live in London (1998)
- American Poet (2001)
- Animal Serenade (2004)
Em colaboração
- Songs for Drella, com John Cale (1990)
- Le Bataclan '72, com John Cale e Nico (2004)
- Tranquilize, com The Killers (2007)
11/09/2013
Morte de Victor Jara
Neste dia 16, em 1973, Victor Jara foi assassinado pelos facistas chilenos - chefiados pelo General Pinochet - que derrubaram o governo constitucional de Allende. Jara era um poeta, músico, produtor cultural e dramaturgo. Estava ao lado das fôrças progressistas que governavam o Chile e que foram liquidadas pelo golpe de estado do dia 11/09/1973. Victor Jara foi morto à tiros, após ser violentamente torturado e ter suas mãos esmagadas à marretadas e cortadas à golpes de baioneta. Êle entrou para a historia por sua magnífica obra e seus algozes como assassinos e torturadores.
http://www.youtube.com/watch?v =GRmre8ggkcY
http://www.youtube.com/watch?v
11/08/2013
Fórmula da Felicidade
24/07/2013
NÚMEROS DO TURISMO EM LAS VEGAS
Las Vegas é a mais populosa cidade do estado do Nevada e 30a. dos USA, fundada em 1905 como uma vila ferroviária - no Condado de Clark, tornou-se cidade em 1911. A região metropolitana de Las Vegas conta com 1,9 milhão de habitantes - mas a cidade mesmo tem cerca de 584 mil. Possui a maior taxa de crescimento dos USA. O primeiro europeu a aparecer por ali foi o espanhol Rafael Rivera em 1829 e fazia parte do México até 1855 quando foi tomada pelos norte-americanos e anexada.
Pois Las Vegas é o segundo maior polo de jogos do mundo, foi ultrapassada por Macau em 2006 e, em 2012 recebeu 40 milhões de turistas gerando uma ocupação hoteleira de quase 85%. Aliás, o parque hoteleiro tem 150 mil quartos. Foram realizados mais de 21 mil eventos na cidade que contou com cerca de 5 milhões de participantes. Eles estão preocupados porque, embora o aumento de visitantes tenha crescido 13,6% sobre 2011, a taxa de ocupação revela que 20 mil leitos ficaram vazios em 2012.
A diária média nos hotéis em 2012 foi de US$ 108 o que fez o faturamento - somente em hospedagem, chegar em US$4,5 bilhões. Para 2013, o investimento público nas melhorias prevê US$350 milhões.
Estas informações são do Las Vegas Convention and Visitors Authority que faturou - à titulo de room tax, US$200 milhões.
Pois Las Vegas é o segundo maior polo de jogos do mundo, foi ultrapassada por Macau em 2006 e, em 2012 recebeu 40 milhões de turistas gerando uma ocupação hoteleira de quase 85%. Aliás, o parque hoteleiro tem 150 mil quartos. Foram realizados mais de 21 mil eventos na cidade que contou com cerca de 5 milhões de participantes. Eles estão preocupados porque, embora o aumento de visitantes tenha crescido 13,6% sobre 2011, a taxa de ocupação revela que 20 mil leitos ficaram vazios em 2012.
A diária média nos hotéis em 2012 foi de US$ 108 o que fez o faturamento - somente em hospedagem, chegar em US$4,5 bilhões. Para 2013, o investimento público nas melhorias prevê US$350 milhões.
Estas informações são do Las Vegas Convention and Visitors Authority que faturou - à titulo de room tax, US$200 milhões.
22/07/2013
CHRISTIÂNIA - COPENHAGEN - DINAMARCA
Além dos canais que ligam a cidade, da descendência viking e da maneira absolutamente perfeita como tudo acontece em Copenhagen, a grande curiosidade é a Cidade Livre de Christiania, uma comunidade independente e autogestionada encravada numa extensão da capital mais loira de toda a Europa.
Providências judiciais efetuadas pelos órgãos estatais para a retirada dos habitantes de Christiania - considerados "indesejáveis e perturbadores da paz e da ordem" pelos outros moradores de Christianshavn e Copenhagen, fracassaram devido ao enorme número de pessoas e à extensão da área ocupada solução encontrada foi passar a tratar Christiania como uma “experiência social“, até que o uso e o destino das terras fosse finalmente decidido. Em contrapartida, os ocupantes consentiram em arcar com as despesas de água e energia elétrica.
Carros e as chamadas "drogas pesadas" são proibidos em Christiania. De outro lado, o consumo de drogas tidas como "leves" passou a ser tolerado dentro dos limites da comunidade há cerca de trinta anos pelo governo dinamarquês.
Entretanto, em 16 de Março de 2003, as autoridades evacuaram a rua Puscher Street, que se tornou conhecida como ponto de venda de maconha – uma atração turística, e prenderam mais de 50 negociadores da erva. Mas não sem consequências futuras, como se constataria mais tarde: sem a “grande sensação“, o fluxo de visitantes e turistas dentro de Christiania quase cessou, e com isso também a entrada de dinheiro na comunidade, trazendo problemas financeiros à cidade livre, que ainda hoje persistem.
A antiga área abandonada de bases militares de Badsmandsstraedes Kaserne, localizada nas proximidades de Christianshavn, um subúrbio da capital dinamarquesa, foi ocupada em 1971 por alguns milhares de hippies, anarquistas, artistas e músicos, como uma forma de protesto ao governo da Dinamarca, que não conseguia (e havia muita antipatia popular por causa disto) promover uma reforma no sistema habitacional.
Este quadro de dificuldades somado ao clima de protesto que movia o mundo naqueles dias, possibilitou uma grande ocupação naquele vazio urbano surgido repentinamente. Estes estranhos ocupantes da área tinham como ideal comum a rejeição a aos valores morais, às convenções sociais e, principalmente, às ideias capitalistas que infestaram a Europa no contexto pós segunda guerra mundial. Mais tarde, todo o bairro ocupado foi batizado de Christiania e seus primeiros habitantes também queriam um espaço verde e aberto, para que pudessem criar seus filhos longe do crescente tumulto de Copenhagen. O espírito da comunidade de Christiania foi logo permeado por valores socialistas e do movimento hippie, num contraste com a ideia original de ocupar a área como um mecanismo de defesa e refúgio.
Providências judiciais efetuadas pelos órgãos estatais para a retirada dos habitantes de Christiania - considerados "indesejáveis e perturbadores da paz e da ordem" pelos outros moradores de Christianshavn e Copenhagen, fracassaram devido ao enorme número de pessoas e à extensão da área ocupada solução encontrada foi passar a tratar Christiania como uma “experiência social“, até que o uso e o destino das terras fosse finalmente decidido. Em contrapartida, os ocupantes consentiram em arcar com as despesas de água e energia elétrica.
Os atuais moradores de Christiania referem-se a si próprios como moradores de uma cidade livre, administrativamente independentes das autoridades nacionais. Moradores ainda mais formais tratam Christiania como uma comunidade autônoma.
Christiania oferece uma infinidade de atrações artísticas e intensa vida cultural. A arquitetura original e pitoresca, bem como a planta da comunidade são as expressões e marcas de um estilo de vida alternativo. Todos os tipos de serviços públicos passaram a ser introduzidos e oferecidos àquela população ao longo dos anos, desde a coleta de lixo e limpeza das ruas, até serviços de correio e escola. Não há contratos de aluguéis nem propriedades de imóveis, de modo que cada um mantém uma relação muito pessoal com a casa em que habita. A solução de conflitos e problemas comunitários é feita democraticamente com base no princípio do consenso geral, de modo que cada indivíduo possui responsabilidade na manutenção da ordem no âmbito da comunidade.
Não existe polícia, portanto reuniões e encontros de caráter diverso são organizados para a tomada de decisões em favor da comunidade e de intervenções quando se fizer necessário, podendo um membro receber como “penalidade máxima“ a exclusão permanente da comunidade. Não obstante, parte dos habitantes não pertencem integralmente à comunidade, e muitos trabalham inclusive além das fronteiras de Christiania, pagando impostos regularmente ao governo dinamarquês – e, ao mesmo tempo, parte à administração da cidade livre.
Carros e as chamadas "drogas pesadas" são proibidos em Christiania. De outro lado, o consumo de drogas tidas como "leves" passou a ser tolerado dentro dos limites da comunidade há cerca de trinta anos pelo governo dinamarquês.
Entretanto, em 16 de Março de 2003, as autoridades evacuaram a rua Puscher Street, que se tornou conhecida como ponto de venda de maconha – uma atração turística, e prenderam mais de 50 negociadores da erva. Mas não sem consequências futuras, como se constataria mais tarde: sem a “grande sensação“, o fluxo de visitantes e turistas dentro de Christiania quase cessou, e com isso também a entrada de dinheiro na comunidade, trazendo problemas financeiros à cidade livre, que ainda hoje persistem.
10/07/2013
20/06/2013
Ocupar as ruas. Já!
Imediatamente lembrei de uma tarde num dia de semana qualquer lá pelo fim dos anos 70. O grupo caminhava pelas ruas do centro de Porto Alegre com bandeiras e cartazes. De longe se ouvia baixinho “vai acabar, vai acabar... a ditadura militar...” e “anis – tia! anis – tia! ampla, geral e irres-tri-ta”. Logo as vozes estavam fortes e ecoavam nas esquinas. Muitas pessoas saiam de dentro de prédios e das lojas e somavam-se ao grupo que ia crescendo. Na subida da Borges o confronto com a polícia. Feridos, presos, tudo o que sabemos hoje. Na semana seguinte lá estávamos de novo. A ditadura durou mais alguns anos, mas... caiu. E foram os jovens que a derrubaram. A anistia chegou, e foram os jovens cabeludos que a conquistaram. Os presos foram soltos e os exilados retornaram.
No início dos 90, os jovens saíram às ruas novamente. Agora
era para retirar do poder o farsante que, eleito Presidente, traíra a confiança
e a esperança de toda uma gente sofrida que não aguentava mais os desmandos
verde-oliva e caíra na armadilha do super-herói. Desta vez, os barbudos de cabelos
compridos foram substituídos por uma legião de caras-pintadas que não tinha
medo.
Estes filmes passaram pela minha cabeça rapidamente ao ouvir
meus filhos no jantar e pude entender o que estava acontecendo. Ou melhor, o
que está para acontecer. Não se trata de derrubar ninguém ou pegar em armas.
Isto que é um levante, sem dúvida, mas um levante de quem não aguenta mais ser
desrespeitado. É um levante que pretende conquistar a cidadania. Para quem não
sabe, cidadania é uma condição abstrata, de difícil compreensão para quem a
obtém por doação ou consignação. Cidadania legitima precisa ser conquistada. Cincoenta
anos atrás, o jovem Che Guevara imortalizara a frase “El derecho a vivir no se
mendiga, se toma”. Estes jovens pretendem tomar a cidadania usurpada. É isto. O
método revolucionário é pacífico, teimoso e conhecido: Ocupar as ruas. Já! Sua
comunicação é veloz, eficaz. Eles dominam armas poderosas da comunicação
digital e trazem no coração a pureza da juventude.
“Vou na marcha” - disse minha filha de 17 anos. Ao argumentar
do perigo das balas de borracha e preguntar se ela não tinha medo ela me fez
lembrar que lá nos anos 70, na minha vez de ter 17 dezessete anos, eu não
também não tinha medo. Vou junto. Ocupar as ruas. Já!
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