24/07/2013

NÚMEROS DO TURISMO EM LAS VEGAS

Las Vegas é a mais populosa cidade do estado do Nevada e 30a. dos USA, fundada em 1905 como uma vila ferroviária - no Condado de Clark, tornou-se cidade em 1911. A região metropolitana de Las Vegas conta com 1,9 milhão de habitantes - mas a cidade mesmo tem cerca de 584 mil. Possui a maior taxa de crescimento dos USA. O primeiro europeu a aparecer por ali foi o espanhol Rafael Rivera em 1829 e fazia parte do México até 1855 quando foi tomada pelos norte-americanos e anexada.


Pois Las Vegas é o segundo maior polo de jogos do mundo, foi ultrapassada por Macau em 2006 e, em 2012 recebeu 40 milhões de turistas gerando uma ocupação hoteleira de quase 85%. Aliás, o parque hoteleiro tem 150 mil quartos. Foram realizados mais de 21 mil eventos na cidade que contou com cerca de 5 milhões de participantes. Eles estão preocupados porque, embora o aumento de visitantes tenha crescido 13,6% sobre 2011, a taxa de ocupação revela que 20 mil leitos ficaram vazios em 2012. 

A diária média nos hotéis em 2012 foi de US$ 108 o que fez o faturamento - somente em  hospedagem, chegar em US$4,5 bilhões. Para 2013, o investimento público nas melhorias prevê US$350 milhões.

Estas informações são do Las Vegas Convention and Visitors Authority que faturou - à titulo de room tax, US$200 milhões.

22/07/2013

CHRISTIÂNIA - COPENHAGEN - DINAMARCA

Além dos canais que ligam a cidade, da descendência viking e da maneira absolutamente perfeita como tudo acontece em Copenhagen, a grande curiosidade é a Cidade Livre de Christiania, uma comunidade independente e autogestionada encravada numa extensão da capital mais loira de toda a Europa.

A antiga área abandonada de bases militares de Badsmandsstraedes Kaserne, localizada nas proximidades de Christianshavn, um subúrbio da capital dinamarquesa, foi ocupada em 1971 por alguns milhares de hippies, anarquistas, artistas e músicos, como uma forma de protesto ao governo da Dinamarca, que não conseguia (e havia muita antipatia popular por causa disto) promover uma reforma no sistema habitacional.

Este quadro de dificuldades somado ao clima de protesto que movia o mundo naqueles dias, possibilitou uma grande ocupação naquele vazio urbano surgido repentinamente. Estes estranhos ocupantes da área tinham como ideal comum a rejeição a aos valores morais, às convenções sociais e, principalmente, às ideias capitalistas que infestaram a Europa no contexto pós segunda guerra mundial. Mais tarde, todo o bairro ocupado foi batizado de Christiania e seus primeiros habitantes também queriam um espaço verde e aberto, para que pudessem criar seus filhos longe do crescente tumulto de Copenhagen. O espírito da comunidade de Christiania foi logo permeado por valores socialistas e do movimento hippie, num contraste com a ideia original de ocupar a área como um mecanismo de defesa e refúgio.


Providências judiciais efetuadas pelos órgãos estatais para a retirada dos habitantes de Christiania - considerados "indesejáveis e perturbadores da paz e da ordem" pelos outros moradores de Christianshavn e Copenhagen, fracassaram devido ao enorme número de pessoas e à extensão da área ocupada solução encontrada foi passar a tratar Christiania como uma “experiência social“, até que o uso e o destino das terras fosse finalmente decidido. Em contrapartida, os ocupantes consentiram em arcar com as despesas de água e energia elétrica.

Os atuais moradores de Christiania referem-se a si próprios como moradores de uma cidade livre, administrativamente independentes das autoridades nacionais. Moradores ainda mais formais tratam Christiania como uma comunidade autônoma.


Christiania oferece uma infinidade de atrações artísticas e intensa vida cultural. A arquitetura original e pitoresca, bem como a planta da comunidade são as expressões e marcas de um estilo de vida alternativo. Todos os tipos de serviços públicos passaram a ser introduzidos e oferecidos àquela população ao longo dos anos, desde a coleta de lixo e limpeza das ruas, até serviços de correio e escola. Não há contratos de aluguéis nem propriedades de imóveis, de modo que cada um mantém uma relação muito pessoal com a casa em que habita. A solução de conflitos e problemas comunitários é feita democraticamente com base no princípio do consenso geral, de modo que cada indivíduo possui responsabilidade na manutenção da ordem no âmbito da comunidade. 

Não existe polícia, portanto reuniões e encontros de caráter diverso são organizados para a tomada de decisões em favor da comunidade e de intervenções quando se fizer necessário, podendo um membro receber como “penalidade máxima“ a exclusão permanente da comunidade. Não obstante, parte dos habitantes não pertencem integralmente à comunidade, e muitos trabalham inclusive além das fronteiras de Christiania, pagando impostos regularmente ao governo dinamarquês – e, ao mesmo tempo, parte à administração da cidade livre.

Carros e as chamadas "drogas pesadas" são proibidos em Christiania. De outro lado, o consumo de drogas tidas como "leves" passou a ser tolerado dentro dos limites da comunidade há cerca de trinta anos pelo governo dinamarquês. 

Entretanto, em 16 de Março de 2003, as autoridades evacuaram a rua Puscher Street, que se tornou conhecida como ponto de venda de maconha – uma atração turística, e prenderam mais de 50 negociadores da erva. Mas não sem consequências futuras, como se constataria mais tarde: sem a “grande sensação“, o fluxo de visitantes e turistas dentro de Christiania quase cessou, e com isso também a entrada de dinheiro na comunidade, trazendo problemas financeiros à cidade livre, que ainda hoje persistem.