Andrea Kraemer, amigona e cliente, está no Caminho de Santiago de Compostela, enviou esta foto da Capilla de San Marcos...
07/10/2015
01/10/2015
Piada Pronta é o Marketing do Grêmio
Leio que o
Santos F.C. convidou CEM refugiados sírios para assistir jogo na Vila Belmiro.
Depois de louvar a iniciativa, afinal o velho Santos do Pelé parou uma guerra
civil na África, nos anos 60, quando foi jogar lá, pensei um pouco sobre a
pobreza das ações do Grêmio em termos do Marketing Estratégico, da magia da sua
Marca.
Recentemente,
à pedido, tentei aproximar importante Universidade Federal do Grêmio, num
singelo projeto social, sem nenhum custo para o clube, e quase morri de
vergonha ao perceber que as pessoas que hoje atuam numa área vital do clube,
como é o marketing, são absolutamente despreparadas, não sabem o que estão
fazendo, são extremamente grosseiras e até mesmo mal educadas. O tratamento
dado àquela instituição de ensino foi tão desrespeitoso que me horrorizou de
vergonha. Cruzes!
Numa
comparação, um clube de futebol é como o espaço público quando tomado de
assalto por políticos de má conduta, que enchem as repartições e o serviço
público com os famosos CC’s desqualificados: parentes, amigos, amigos de
parentes, amantes e toda sorte de vagabundos profissionais à procura de uma boa
teta para mamar durante o tempo que conseguir. No Grêmio, assim como em outros
clubes e associações desportivas e nos governos em geral, acontece a mesma
coisa. Ao chegar no poder e tomar o controle do clube, em nome da “nova gestão”,
o patrimônio material e imaterial dos sócios, o objeto da paixão de clientes e
consumidores é repartido entre as forças de coalizão que vencem as eleições e “repartem”
o clube como se fosse num governo, agraciando seus cabos eleitorais e facções
com pedaços de poder dentro do clube. Burocratas que não possuem qualificação,
cagam regras e despejam fórmulas. Chutam pessoas, Fazem o que querem, pois não
tem rosto. São o clube.
E todo mundo
faz festa. O orçamento do clube é inchado e inflacionado, igual como num
governo. Toda sorte de “gente de confiança” da Diretoria e as facções políticas
é contemplada. O quadro de funcionários incha. Fornecedores que ajudaram na
campanha agora fazem negócios com o clube. Malucos que representam “o braço
armado” dos grupos políticos recebem verbas para, literalmente, “surrar” os semelhantes
de grupos opositores.
Tal como em gestões governamentais, uma gama de incompetentes, despreparados
e grupos de honestidade duvidosa, assumem áreas importantes de um clube. Num
determinado momento, com medidas de impacto e muita propaganda, vem a onda de
sucesso, com alguns resultados, números impactantes. Igualzinho à gestão
pública, diante de um fracasso, surgem relatórios de dificuldades financeiras e
denúncias graves conta a “herança maldita”.
Como num
script já antigo, numa velha fórmula de roteiro de filmes trash, a ladainha se
repete, gestão após gestão, e o clube vai passando de mão-em-mão, tal como nas
instâncias de governos. Vez por outra explode um escândalo e aí os clientes-torcedores,
os acionistas-sócios, os consumidores-fãs, tem a possibilidade de entender como
determinados jogadores tão ruins foram contratados por tanto dinheiro, ou como
determinada obra faraônica teve seus custos tão elevados. Mas, como na vida
real do país, do estado ou do município onde vivem, logo que os escândalos saem
dos jornais, a tendência é cair no esquecimento e começa um novo ciclo, que na
realidade é a rotina macabra do saque bárbaro ao patrimônio público. O clube é
um microcosmo da sociedade em que vivemos. Tem bandidos e tem honestos. Muito mais
daqueles e muito menos destes.
Pobre Brasil.
Pobre Rio Grande. Pobre Porto Alegre. Pobre Grêmio. É uma pena...
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