27/05/2009

Metáfora da Semana


Montando Cavalo Morto
(autor desconhecido)

Os índios da tribo Dakota passam de geração a geração o seguinte ensinamento: “Quando você descobre que está montando um cavalo morto, a melhor estratégia é desmontar”.

Nas organizações públicas ou privadas, muitas pessoas se recusam a desmontar do cavalo morto e continuam a usar práticas e manter ideias que se tornaram obsoletas e contraproducentes.

E estas pessoa trocam os cavaleiros. Ameaçam o cavalo com castigos e demissão. Compram um chicote mais forte e esporas mais afiadas. Criam um comitê para estudar o cavalo. Dizem coisas como: “Esta é a maneira como sempre montamos este cavalo”. Visitam outros países para ver como eles montam cavalos mortos. Criam um curso para desenvolver habilidades de equitação. Contratam terceiros para montar o cavalo. Contratam um consultor para motivar o cavalo morto. Instalam um sistema que faz cavalos mortos correrem mais rápido. Declaram que cavalo morto é melhor, mais rápido e (principalmente) mais barato. Formam um comitê para pesquisar usos para cavalos mortos. Revisam os requisitos de desempenho para cavalos mortos. Designam um Six Sigma Black Belt para ressuscitar o cavalo. Mudam os requisitos operacionais e declaram: “Este cavalo não está morto”. Incluem no orçamento uma verba para melhorar o desempenho do cavalo. Atrelam vários cavalos mortos para aumentar a velocidade. Promovem o cavalo morto a gerente.

Aqui no Rio Grande do Sul, costumamos dizer que as oportunidades – por vezes, surgem através de cavalos encilhados que passam diante de nós e dificilmente voltam uma segunda vez. Para aproveitá-las é necessário abandonar a comodidade e a segurança dos cavalos mortos, ou seja, da inércia.

Bill Gates e Steve Jobs não teriam aberto os caminhos para a popularização do PC se não se libertassem da mentalidade dominante de main frames e sistemas operacionais cada vez mais complexos e pesados. Talvez o Presidente Lula nunca tivesse saído da fábrica onde conseguiu ser torneiro mecânico, nos anos 70.

Atitude, um novo olhar sobre determinadas situações, valores... formas diversas de comportamento diante de novas oportunidades e desafios. Crises são mais do que ameaças. Podem conter oportunidades. Depende muito de como são encaradas e como podem tornar-se sólidas perspectivas no horizonte das pessoas e das instituições.